Trama de R$ 250 Milhões em Trancoso Põe Banco Master e Deputado no Radar do STF!

A política e os grandes negócios no Brasil parecem sempre andar de mãos dadas, e a nova novela que se desenrola no Supremo Tribunal Federal (STF) é um prato cheio para quem gosta de entender as complexas relações entre poder e capital. No centro do furacão: um documento misterioso sobre a compra de uma propriedade milionária em Trancoso, o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA). Prepare-se, porque essa história tem mais camadas que um jogo de RPG bem elaborado.
O Achado da Polícia Federal: Um Imóvel de Cair o Queixo
Tudo começou com uma batida da Polícia Federal na casa de Daniel Vorcaro, numa investigação que inicialmente mirava a venda de supostas carteiras de crédito consignado fraudulentas do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB). No meio da papelada, surge um "termo de opção de compra de imóveis" para lá de chamativo. Estamos falando de uma propriedade de quase 900 mil metros quadrados à beira da praia em Trancoso, na Bahia, avaliada em nada menos que R$ 250 milhões!
O mais intrigante é que o documento detalhava a aquisição por uma empresa ligada ao deputado João Carlos Bacelar. E embora o nome de Vorcaro não estivesse ali em letras garrafais, a papelada foi encontrada justamente na sua residência, numa pasta com o timbre da Câmara dos Deputados e o nome do parlamentar. Coincidência? Difícil acreditar.
As Explicações e o Vácuo de Respostas
João Carlos Bacelar, por sua vez, não se furtou a comentar. Ele alegou que Vorcaro demonstrou interesse em participar do negócio imobiliário. Segundo o deputado, o material estava com o banqueiro justamente por conta desse possível investimento, que acabou não rolando devido às "dificuldades financeiras" do Banco Master. "Ele me fez uma consulta sobre um imóvel em Porto Seguro, que não se concretizou. Quando o banco começou a entrar em dificuldade, ele pediu mais um tempo para poder exercer a opção. Foi feito um documento dando a opção de compra a Daniel Vorcaro", afirmou Bacelar, jogando luz (ou talvez sombra) sobre a situação.
No entanto, a ausência explícita do nome de Vorcaro no documento, somada à versão de que o negócio não se concretizou, cria um cenário complexo para os investigadores. É a palavra contra o silêncio do papel.
Quando o STF Entra em Cena: Foro Privilegiado e as Leis do Jogo
Inicialmente, a análise da PF indicou que o documento não tinha relação com o inquérito principal sobre o Banco Master e o BRB. Mas a menção a um deputado federal muda tudo. Graças ao famoso foro privilegiado, o caso foi parar nas mãos do Supremo Tribunal Federal. O ministro Dias Toffoli acolheu o pedido da defesa de Vorcaro, determinando que qualquer novo passo da investigação referente a este documento agora deve passar pelo crivo da mais alta corte do país.